Em se tratando de amizade, companheirismo, e mão amiga, não me demoro em lugares que não sou bem tratada.

Em se tratando de amizade, companheirismo, e mão amiga, não me demoro em lugares que não sou bem tratada. Até tento me familiarizar com o ambiente, procuro relevar algumas atitudes, me permito compreender as vezes, mas diante de muitas tentativas frustradas eu me retiro sem fazer barulhos, e procuro não levar nada de ruim comigo porque eu sei que isso só fará mal a mim. Permanecer aonde não nos cabe não é sinal de força, é fraqueza, e forçar a presença tentando agradar o tempo todo como se não tivéssemos vida própria, vontades, planos, e sentimentos, é muita tolice.

Você não pode falar sobre o amor se ele não estiver sendo trabalhado em você, e em se tratando de doações afetivas ninguém pode dar o que não tem, clichesinho básico que precisa ser lembrado por todos nós diariamente. Esse amor próprio que todo mundo diz por ai vai muito além de um estar bem com ou sem alguém, ele exige da gente sabedoria, espaço, valores e gentilezas na alma. Ele quer que sejamos livres não apenas pelo que sentimos por nós, mas pela maturidade que adquirimos quando o amor e o respeito não nos acolhe devidamente.

Não é errado você se distanciar de uma pessoa quando a mesma não te trata bem, e não faz questão da sua amizade ou presença. Errado é você ficar se culpando por tudo, e permitir que aquele ser te controle através da não reciprocidade dele, inquietando a sua alma, e entristecendo o seu coração. Amar ao próximo é o nosso dever como ser humano e conhecedores do amor de Deus, e nos proteger de tudo que chega para nos desestabilizar emocionalmente, ferir, roubar a nossa personalidade, e nos diminuir como pessoa, também.

Cecilia Sfalsin